Crítica | Magic Mike XXL (2015)

Não posso negar que Channing Tatum tem jeito para isto… Jeito, carisma e um estilo que se adequa na perfeição à personagem que interpreta. No entanto não é suficiente para salvar este filme que se fica pelo entretenimento e deixa toa a substância em casa. Sem Soderbergh e McConaughey trazer de volta a magia de Mike aparentava ser uma missão deveras complicada. Enquanto o primeiro filme tinha história e não se limitava a ser um filme com strippers e sem alma, este filme cabe na perfeição nesta categoria. Sim, de facto é apelativo, sobretudo para mulheres… Homens atraentes a dançar enquanto tiram a roupa pode de facto parecer uma ideia agradável ao início mas não existe muito mais a mencionar sobre o filme. Sem fogo, sem alma sem atitude, Magic Mike XXL bem tenta mas vai para casa de mãos vazias.
Três anos depois de Mike ter abandonado a vida de stripper quando ainda estava no topo, “Magic Mike XXL” encontra os restantes elementos dos Kings of Tampa, também eles prontos para se afastarem das luzes do palco. Mas querem fazê-lo à sua maneira: com uma última e bombástica atuação em Myrtle Beach, e com o lendário Magic Mike a partilhar o palco com eles. Na estrada, a caminho desse último espetáculo, com paragens em Jacksonville e Savannah para rever velhos amigos e fazer novos, Mike e os rapazes aprendem novos passos e superam-se de uma forma surpreendente. [Sinopse por Warner Bros.]
Para raparigas com um enorme desejo de ver homens sexy a dançar e a tirar a roupa num filme que parece ser lá bem no fundo um grande espetáculo de strip, Magic Mike XXL é uma loja gigante de doces e penso que o que há de positivo a dizer fica por aqui. Channing Tatum teve na sua carreira, diversos altos e baixos mas conseguiu sempre encontrar uma forma de surpreender e de brilhar no ecrã. Bem neste filme a conversa é outra, ainda que seja a melhor coisa em todo o filme, com o seu carisma e uma primeira parte mais sentida e interessante em que lida com os problemas após os acontecimentos do primeiro filme. A verdade é que o filme tem um início um pouco abrupto, ao livrar-se de personagens do primeiro filme usando desculpas pouco elaboradas e a partir daqui nunca recupera convenientemente, numa viagem em direcção a uma grande convenção de strippers para mostrar o “material”. Existem diversos momentos no filme que quase o fazem parecer uma versão diferente de Um Ritmo Perfeito 2 com strippers. Raparigas histéricas a gritar por rapazes apelativos em competições de strippers onde os mais atraentes levam para casa mais dinheiro… E com Elizabeth Banks no meio? Bem parece que a minha teoria repentina até faz algum sentido. Magic Mike XXL simplesmente não consegue ser mais do que uma última viagem de um grupo de amigos.
Como um rapaz que até acabou por achar piada ao primeiro filme, sobretudo pela história que até conseguiu ter os seus momentos agradáveis, tenho que admitir que esta sequela cai na desilusão, mesmo que fosse tudo aquilo que eu esperava que fosse. Não existem conflitos interessantes, nem um pingo de emoção e a atitude… Bem, essa só está lá com Channing Tatum. Magic Mike XXL não tem “material” para duas horas… Não existe ligação com as personagens e a segunda parte do filme acaba por ser nada mais do que uma festa gigante para mulheres. Uma boa sobremesa ou um bom fim de dia para mulheres depois de umas compras ou de um dia de trabalho cansativo serão duas boas formas para descrever o filme. Contudo, a falta de energia, entrega e estilo é clara e evidente em Magic Mike XXL. Nope, não existe magia neste Mike.
“Magic Mike XXL” é um bom filme e entretém, mas não mais do que isso. – 3*
Pode ler a análise integral em http://osfilmesdefredericodaniel.blogspot.pt/2015/07/magic-mike-xxl.html
Cumprimentos, Frederico Daniel.
Nota, no outro dia comentaram no meu blog que não deveria meter o link do meu blog nos comentários que faço em outros blogs pois não fica bem.
Nunca me tinha passado pela cabeça isso, mas poderei adiante deixar de comentar com o link caso prefira.
Esteve muito aquém do primeiro, não há dúvidas disso… e não vejo grande inconveniente na partilha! Abraço! 😉
Ok, cumprimentos. Eu penso que não esteve muito aquém, mas esteve aquém. O primeiro classifiquei com 4*, este com 3*.