Fifty Shades of Grey (2015)

Realizado por: Sam Taylor-Johnson
- Com: Dakota Johnson, Jamie Dornan, Jennifer Ehle
- 125 Minutos
- English:
Primeiro e antes de começar a minha crítica ao filme, gostaria de deixar clara a minha posição indiferente em relação ao tópico e à história em si desta adaptação do roamnce erótico de E. L. Jaems que mudou os hábitos de leitura de milhões de pessoas e acabou por cirar uma moda e um género. Não consigo perceber o ódigo gerado à volta do romance da mesma forma que não consigo entender a devoção que se criou e a forma como se tornou num livro icónico para o público feminino por todo mundo. Uma prova clara de todo este sucesso é a quantidade enorme de bilhetes vendidos em Pré-Venda desde o mês de Dezembro para um filme que não só vai ter apenas a sua estreia amanhã como não teve quaisquer críticas até ao início desta semana. Assim, torna-se claro o gigante fenómeno de As Cinquenta Sombras de Grey. No fim de contas, não a coisa terrível que ouvi falar pela internet mas também não merece toda a atenção que tem vindo a ter. É no fundo um simples romance com as personagens mais planas deste universo (a rapariga inocente e o homem rico e poderoso) que acaba por mercer uma atenção especial por expor o sexo de uma forma diferente, num tom um pouco mais violento que o usual, acabando por ser considerado por alguns como um pouco abusivo. E assim, para os que odeiam, para os que adoram e para aqueles que permanecem indiferentes ou que demonstram alguma curiosidade, aqui fica a minha opinião sobre As Cinquenta Sombras de Grey.
Quando se pergunta o porquê de tanto alarido e atenção gerados à volta deste filme, é importante recordarmo-nos de que este foi o romance que no ano 2011 acabou por criar um gérnero e que atraiu milhões de leitoras por todo o mundo. Só com esta descrição é possível ver de imediato todo o incrível poder de um romance que nada tem de extraordinário. A história mais usual que começa com um ritmo descontraído e por vezes irónico e que culmina numa forma violenta e perigosa. Não conhecia assim tão bem Dakota Johnson (ainda que tenha visto uns quantos filmes da sua filmografia) e devo dizer que ela foi a razão principal que me levou a sentir minimamente intrigado e ligado à trama. Dakota é sem dúvida uma mulher bonita que revela algumas atitudes um tanto ou quanto interessantes durante o filme e que me permitiram suportar o que estava par avir. Mas primeiro e antes de mais, é assim tão chocante? Bem, se estamos a falar apenas das cenas de sexo, devo dizer que algumas são um pouco difíceis de suportar mas não existe nada assim de tão chocante e fora do comum que deva ser considerado controverso.
O enredo, tal como já tinha ditto anteriormente é bastante simples, o que acaba por me facilitar um pouco a tarefa de o explicar… Anastasia Steele, uma estudante de literatura a trabalhar na sua tese, vai entrevistar o rico e poderoso Christian Grey, como um favor à sua companheira de quarto Kate. Enquanto Ana tem uma personalidade mais inocente e ingénua, Kate acaba por ser o completo oposto. Depois temos Christian Grey, o homem brilhante e intimidante que Ana conhece na entrevista. Como uma rapariga ingénua, Ana fica obcecada e atraída de forma estranha pela forma como Grey se comporta perto dela. Ele indimida-a com as suas reservas e segredos e com o facto de gostar de ter tudo a seu controlo. Então, como qualquer outra rapariga num romance, Ana decide aproximar-se de Christian em vez de fugir. O problema é que neste caso, Ana põe a sua vida em perigo… Como um homem dominante, Christian sente-se estranho ao fascinar-se com a forma como Ana vê o mundo, para além de se sentir claramente atraído pela sua aparência. Quando finalmente admite que a quer e que a deseja na sua vida, Christian convida-a para o único tipo de relação que ele conhece, conduzindo Ana para uma vida demasiado peculiar e perigosa. E assim Ana passa de inocente a curiosa enquanto descobre cada vez mais coisas sobre o passado negro de Chrstian, envolvendo-se demasiado numa obsessão que a pode pôr em perigo.
Anastasia aparenta ser uma rapariga bonita e normal, com os seus sonhos e ambições e que acaba por cair nalgo inesperado. Ana é o oposto completo do obsessivo Christian e é também responsável por tornar a história um pouco menos negra e dramática. Quando a sua necessidade de liberdade entra em confronto pela primeira vez com os desejos de controlo de Grey, a relação entre ambos demonstra ser um tanto ou quanto interessante, acabando por ser uma das poucas alturas em que o filme dá a oportunidade aos seus espetadores de se rirem e deixarem para trás os maus pensamentos. A performance de Dakota Johnson é um tanto ou quanto encantadora e engraçado e acabou por captar a minha atenção com uma personalidade mais doce e natural. Pelo contrário, temos o homem misterioso e um pouco mais estranho, cujos pensamentos e ideias são um pouco difíceis de entender, acabando por ser um dos factores que menos gostei em todo o filme, pelo fraco desenvolvimento da personagem… Sim, eu sei que se trata de um trilogia mas a forma apressada e aberta como o filme acaba não consegue captar o interesse e cativar a audiência. O mistério e a obsessão de Grey acabam então po ser os ingredientes principais de As Cinquenta Sombras de Grey, prejudicando o filme com uma fraca interpretação de Jamie Dornan. Quando as duas personagens começam a relacionar-se, tudo funciona e parece mais natural apenas e só devido à personalidade de Ana, porque por muito sofrimento que Christian tenha passado durante a sua infância nada justifica as suas atitudes violentas e egoístas.
O verdadeiro problema, na minha opinião, com o filme é o facto de que começa de uma forma irónica e engraçada enquanto conhecemos as personagens (momentos estes que são agradáveis) e depois perde grande parte do impacto quando Christian introduz Ana ao seu mundo, tornando-se num romance negro e dramático que pouco ou nada desenvolve a trama. A obessessão de Christian com Ana chega ao ponto de não fazer sentido absolutamente nenhum, quando este lhe pede para assinar um contrato de submissividade que o autorizasse a fazer tudo o que ele quisesse. Ana aproveita-se desta obsessão par adescobrir mais coisas sobre o seu passado mas sempre que se aproxima de algo, acabam por ter sexo. Christian acaba por evitá-la constantemente enquanto Ana se demonstra cada vez mais apaixonada pelo mistério e intriga. A partir daqui, pouca coisa acontece e o espetador é convidado a ver cenas de sexo brutais que alguns consideram como abusivas mas que, não são assim tão cohocantes. Com uma história que possuí pouco conteúdo para preencher a sua duração e que começa com o pé direito e acaba duma forma um tanto ou quanto apressada e com uma banda sonora repleta de êxitos da música dos dias de hoje, As Cinquenta Sombras de Grey é um filme que se coloca numa posição mediana. Por isso, o melhor a fazer é ignorar os comentários demasiado extremistas que andam por aí e explorar um pouco esta história se ainda houver um pouco de curiosidade. No final e ao cumprir algumas das minhas expectativas, As Cinquenta Sombras de Grey acaba por ser um filme dedicado sobretudo aos fãs do romance e que foi de certa forma salvo por uma interpretação agradável de Dakota Johnson.
Well-written review, this movie doesn’t seem like something I would watch, so I’ll probably avoid it.
Thank you, it was clearly meant for a target audience. It has its enjoyable moments but yet again the screenplay is too weak (2 hours was too much). Best wishes!
Best wishes to you to.
“As Cinquenta Sombras de Grey”: 3*
Recentemente vi “As Cinquenta Sombras de Grey” e não é tão mau como o pintam, eu gostei do que vi. O livro é mais aprofundado, mas o filme vê-se bem.
Gostei do que vi em “Fifty Shades of Grey” e recomendo, mesmo não sendo tão bom quanto o livro. O filme emana sensualidade, mas falta sexo e nudez.
Cumprimentos, Frederico Daniel.